Um jovem de 24 anos se entregou para a Polícia Civil, na terça-feira (24), e confessou ter assassinado a vendedora Larissa Agda de Carvalho, de 29 anos, em Jataí (relembre o caso).
Aos policias, o rapaz disse que a vítima era amiga de infância da mulher dele. O suspeito revelou que sentiu uma vontade de matar após usar droga e “escolheu” a vendedora ao encontrar o número do celular de Larissa no telefone da companheira.
De outro celular, o suspeito enviou mensagens se passando por uma cliente e marcou o encontro com a vítima. A mulher foi morta a facadas em uma mata, na frente do filho, de 4 anos.
Foi por meio do número de telefone usado para contactar a vendedora que a Polícia Civil identificou o jovem. “Ele teria usado um chip novo para mandar mensagens para a Larissa. Ele também acabou mandando mensagem para a própria esposa se passando por outra pessoa, testando o telefone. Foi o que chamou a nossa atenção e nós chegamos até ele”, o delegado responsável pelo caso, Elexandre César
De acordo com os investigadores, o suspeito já havia sido identificado pela polícia e, sabendo que era procurado, se entregou acompanhado de um advogado. Para o delegado, o jovem disse que não tinha motivo para matar Larissa.
O investigador afirma que a confissão do suspeito “tem sentido”. A polícia acredita que o crime foi planejado e vai continuar trabalhando no inquérito policial.
O suspeito foi encaminhado ao presídio de Jataí. Ele deve responder por homicídio qualificado por motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima.
Trauma
De acordo com familiares, que não quiseram se identificar, o filho de Larissa, que presenciou o assassinato, está traumatizado. “Ele não quer entrar dentro de carro, um homem chega perto dele e ele corre. Ele está com bastante medo”, disse uma parente.
Os policiais localizaram o corpo da vítima porque o menino andou até uma estrada de terra e pediu ajuda. Segundo a Polícia Civil, um motorista que trafegava no local parou ao ver o menino sozinho e chorando. Ele estranhou a situação e acionou a corporação. O menino não sofreu ferimentos.
A família da vendedora pediu a punição do criminoso durante o velório, na terça-feira. “Traz de volta, não traz, mas a gente espera justiça”, disse o pai, Renato de Lima.
Parentes afirmam que ela era uma boa pessoa. “Ela era uma pessoa muito tranquila, que não tinha inimizade com ninguém”, disse a cunhada da vítima, que não quis ser identificada.
Fonte: G1 Goiás